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    Irã anuncia contra-ataque a Israel e promete “destino amargo e doloroso"

    Novo comandante da Guarda Revolucionária do Irã promete revidar ataques de Israel em carta pública

    Irã anuncia contra-ataque a Israel e promete “destino amargo e doloroso".Créditos: IRNA
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    O major-general Mohammad Pakpour, novo comandante do Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica (IRGC), declarou, em carta dirigida ao comandante supremo do IRGC e ao líder supremo da Revolução Islâmica, que "oferecemos nossas condolências e parabéns pelo martírio de um grupo de comandantes mujahideen, altos oficiais das Forças Armadas, diversos cientistas nucleares e mulheres e crianças inocentes no ataque terrorista do regime sionista criminoso. Oramos a Deus Todo-Poderoso, depositando nele nossa total confiança".

    Em outro trecho da carta, Pakpour afirma que o ataque israelense contra o Irã não ficará sem resposta, acrescentando que "as portas do inferno em breve serão abertas para este regime assassino de crianças".

    "Como servo da nobre nação iraniana, invejo o destino glorioso e a felicidade desses mártires. Como herdeiro da valiosa tradição da Guarda Revolucionária, comprometo-me com a elevação do IRGC, com a defesa da Revolução Islâmica e da nossa nobre nação, e com a vingança pelo sangue puro dos mártires, junto aos meus companheiros", prossegue a carta.

    Por fim, o novo general da Guarda Revolucionária declara: "Com a ajuda de Deus Todo-Poderoso, cumpriremos a promessa de nosso querido Imam e Muqtada, e vingaremos o sangue dos comandantes, cientistas e civis que tombaram. As portas do inferno logo se abrirão para este regime assassino de crianças".


    Irã: lista de mortos é divulgada por Teerã, que anuncia novos comandantes militares

    O governo do Irã confirmou nesta sexta-feira (13) a morte de três de seus mais altos comandantes militares em bombardeios israelenses.

    Entre os mortos estão o general Mohammad Bagheri, chefe do Estado-Maior das Forças Armadas; Hossein Salami, comandante da Guarda Revolucionária; e Gholam Ali Rashid, responsável pelo quartel-general Khatam al-Anbiya, que coordena operações conjuntas do Exército. A ação marcou uma escalada sem precedentes no conflito entre os dois países.

    Bagheri era o homem mais importante das forças de Teerã, com influência estratégica sobre as forças armadas. Salami liderava as unidades responsáveis pelos programas balístico do país, sendo o sucessor do icônico general Qassem Soleymani, morto em 2019 pelo governo Trump, enquanto Rashid era conhecido por articular ofensivas coordenadas com grupos aliados como o Hezbollah e os houthis.

    Em resposta imediata, o líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, nomeou novos comandantes: o general Abdulrahim Mousavi assume o comando do Estado-Maior; Mohammad Pakpour liderará a Guarda Revolucionária; e Ali Shademani será o novo chefe do Khatam al-Anbiya.

    Além deles, foram confirmadas as mortes do físico nuclear Fereydoon Abbasi-Davani, ligado ao antigo programa atômico militar iraniano, e do acadêmico Mohammad Mehdi Tehranchi, também investigado por supervisão de testes explosivos para armamentos.

    Segundo a agência estatal IRNA, “as Forças Armadas da República Islâmica estão prontas para responder de forma ilimitada aos crimes do regime sionista”. 

     

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